O Estados Unidos e a imagem da Besta de Apocalipse 13

A imagem da besta

O capítulo 13 de Apocalipse começa com o relato de uma besta que sobe do mar. A primeira coisa que notamos é que esta é uma besta com vários elementos.

É “semelhante ao leopardo, e os pés como os de urso, e a sua boca como a de leão. O dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Apocalipse 13:2).

Segundo o relato, é uma besta com corpo de leopardo e é, como já foi dito, uma representação do papado romano. As quatro bestas que compõem esta besta híbrida e que representam a Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma são as que o profeta Daniel viu em visão segundo está registrado em Daniel 7.

É constatável que a Roma papal herdou alguns dos traços característicos de cada uma dessas feras, evidentes todavia nas práticas do atual sistema de religião falsa conhecido como a Igreja Católica Romana.

De Babilônia, o papado herdou o sacerdócio pagão; da Medo-Pérsia, a adoração do sol; da Grécia, as filosofias humanas; do dragão ou da Roma pagã, o seu poder, trono e autoridade [e ainda o título de Pontifex Maximus próprio do sumo sacerdote e que os césares haviam usurpado, como também o latim, idioma comum de Roma Pagã que até o dia de hoje é o idioma oficial da sede papal].


Portanto, é acertada e muito apropriada a descrição do sistema papal como uma besta que subia do mar, ou seja, dos lugares populosos (ver Apocalipse 17:15), e composta de várias partes com os traços característicos de outras bestas ou reinos (ver Daniel 7:23). Visto que é a primeira das duas bestas que aparecem neste capítulo, referimo-nos ao papado como a primeira besta de Apocalipse 13.

BESTA QUE SOBE DA TERRA


Mas o profeta diz:

“E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro…” (Apocalipse 13:11).

Tanto a aparência desta besta como a forma como sobe indicam-nos que a nação que ela representa é diferente de todas as outras que foram apresentadas sob os símbolos anteriores.

Os grandes reinos que tem governado o mundo foram apresentados a Daniel como animais carnívoros de aspecto monstruoso que subiam enquanto

“... os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande” (Daniel 7:2).

Em Apocalipse 17, um anjo explica que as águas representam “povos, multidões, nações e línguas” (Apocalipse 17:15).

Os ventos são um símbolo de luta ou guerra. Os quatro ventos do Céu que combatem o mar grande representam as terríveis cenas de conquista e revolução por meio das quais os reinos adquiriram o seu poder.

“Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro foi vista a “subir da terra”.

Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a nação assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado, crescendo gradual e pacificamente.

Não poderia, pois, surgir entre as nacionalidades populosas e agitadas do Velho Mundo — esse mar turbulento de “povos, e multidões, e nações, e línguas”. Deve ser procurada no Ocidente.

Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo?

A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregado as mesmas palavras do escritor sagrado.

A besta foi vista a “subir da terra”; e, segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida “subir” significa literalmente “crescer ou brotar como uma planta”. E, como vimos, a nação deveria surgir em território previamente desocupado. Escritor preeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do “mistério de sua procedência do nada” (G. A. Towsend, O Novo Mundo Comparado com o Velho p. 462), e diz: “Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos em império.” Um jornal europeu, em 1850, referiu-se aos Estados Unidos como um império maravilhoso, que estava “emergindo” e “no silêncio da terra aumentando diariamente seu poder e orgulho”. — The Dublin Nation… “E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro.”

Os chifres semelhantes aos do cordeiro indicam juventude, inocência e brandura, o que apropriadamente representa o caráter dos Estados Unidos, quando apresentados ao profeta como estando a “subir” em 1798. Entre os exilados cristãos que primeiro fugiram para a América do Norte e buscaram asilo contra a opressão real e a intolerância dos sacerdotes, muitos havia que se decidiram a estabelecer um governo sobre o amplo fundamento da liberdade civil e religiosa.

Suas ideias tiveram guarida na Declaração da Independência, que estabeleceu a grande verdade de que “todos os homens são criados iguais”, e dotados de inalienável direito à “vida, liberdade, e procura de felicidade”. E a Constituição garante ao povo o direito de governar-se a si próprio, estipulando que os representantes eleitos pelo voto do povo façam e administrem as leis.

Foi também concedida liberdade de fé religiosa, sendo permitido a todo homem adorar a Deus segundo os ditames de sua consciência. Republicanismo e protestantismo tornaram-se os princípios fundamentais da nação. Estes princípios são o segredo de seu poder e prosperidade. Os oprimidos e desprezados de toda a cristandade têm-se volvido para esta terra com interesse e esperança.

Milhões têm aportado às suas praias, e os Estados Unidos alcançaram lugar entre as mais poderosas nações da Terra. Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro “falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E … dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia”. (Apocalipse. 13:11-14).

Os chifres semelhantes aos do cordeiro e a voz de dragão deste símbolo indicam contradição flagrante entre o que professa e pratica a nação assim representada. A “fala” da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Por esses atos desmentirá os princípios liberais e pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política.

A predição de falar “como o dragão”, e exercer “todo o poder da primeira besta, claramente anuncia o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo.

E a declaração de que a besta de dois chifres faz com “que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta”, indica que a autoridade desta nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá ato de homenagem ao papado. Semelhante atitude seria abertamente contrária aos princípios deste governo, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração da Independência, e à Constituição.

Os fundadores da nação procuraram sabiamente prevenir o emprego do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável resultado — intolerância e perseguição. A Magna Carta estipula que “o Congresso não fará lei quanto a oficializar alguma religião, ou proibir o seu livre exercício”, e que “nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos”.

Somente em flagrante violação destas garantias à liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que o que se encontra representado no símbolo. É a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro — professando-se pura, suave e inofensiva que fala como o dragão.

Dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta.” Aqui se representa claramente a forma de governo em que o poder legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados Unidos são a nação indicada na profecia.

Mas o que é a “imagem à besta?” e como será ela formada?


A imagem é feita pela besta de dois chifres, e é uma imagem à primeira besta. É também chamada imagem da besta. Portanto, para sabermos o que é a imagem, e como será formada, devemos estudar os característicos da própria besta — o papado.

Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da “heresia”.

A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins. Quando quer que a Igreja tenha obtido o poder secular, empregou-o ela para punir a discordância às suas doutrinas.

As igrejas protestantes que seguiram os passos de Roma, formando aliança com os poderes do mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a liberdade de consciência. Dá-se um exemplo disto na prolongada perseguição aos dissidentes, feita pela Igreja Anglicana. Durante os séculos XVI e XVII, milhares de ministros não-conformistas foram obrigados a deixar as igrejas, e muitos, tanto pastores como do povo em geral, foram submetidos a multa, prisão, tortura e martírio.

Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo civil, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do papado — a besta. Disse Paulo que havia de vir “a apostasia”, e manifestar-se “o homem do pecado”. (2 Tessalonicenses 2:3). Assim a apostasia na igreja preparará o caminho para a imagem à besta.

A Escritura Sagrada declara que antes da vinda do Senhor existirá um estado de decadência religiosa semelhante à dos primeiros séculos.

“Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” (2 Timóteo 3:1-5).

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.” (1 Timóteo 4:1).

Satanás operará “com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça”. E todos os que “não receberam o amor da verdade para se salvarem”, serão abandonados à mercê da “operação do erro, para que creiam a mentira”. (2 Tessalonicenses 2:9-11).

Quando for atingido tal estado de impiedade, ver-se-ão os mesmos resultados que nos primeiros séculos. A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória.

Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico. 

Carlos Beecher, em sermão pronunciado em 1846, declarou que o ministério das denominações evangélicas protestantes “não somente é formado sob terrível pressão do mero temor humano, mas também vive, move-se e respira num meio totalmente corrupto, e que cada instante apela para todo o elemento mais vil de sua natureza, a fim de ocultar a verdade e curvar os joelhos ao poder da apostasia.

Não foi desta maneira que as coisas se passaram com Roma?

Não estamos nós desandando pelo mesmo caminho?

E que vemos precisamente diante de nós?

Outro concílio geral! Uma convenção mundial! Aliança evangélica, e credo universal!” — Sermão sobre: A Bíblia Como um Credo Suficiente, pronunciado em Fort Wayne, Indiana, a 22 de fevereiro de 1846.

Quando, pois, se conseguir isto nos esforços para se obter completa uniformidade, apenas um passo haverá para que se recorra à força. Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável.

A besta de dois chifres “faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16 e 17).

A advertência do terceiro anjo é: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus.” “A besta” mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois chifres, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do capítulo 13 do Apocalipse — o papado.

A “imagem da besta” representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas. Resta definir ainda o “sinal da besta”. Depois da advertência contra o culto à besta e sua imagem, declara a profecia:

“Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus.” Visto os que guardam os mandamentos de Deus serem assim colocados em contraste com os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal, é claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta.

O característico especial da besta, e, portanto, de sua imagem, é a violação dos mandamentos de Deus. Diz Daniel a respeito da ponta pequena, o papado:

“Cuidará em mudar os tempos e a lei.” (Daniel 7:25).

E Paulo intitulou o mesmo poder “o homem do pecado”, que deveria exaltar-se acima de Deus. Uma profecia é o complemento da outra.

Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se acima de Deus; quem quer que conscientemente guarde a lei assim modificada, estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato de obediência às leis papais seria um sinal de vassalagem ao papa em lugar de Deus.

O papado tentou mudar a lei de Deus. O segundo mandamento, que proíbe o culto às imagens, foi omitido da lei, e o quarto foi mudado de molde a autorizar a observância do primeiro dia em vez do sétimo, como sábado. Mas os romanistas aduzem como razão para omitir o segundo mandamento ser ele desnecessário, achando-se incluído no primeiro, e que estão a dar a lei exatamente como era o desígnio de Deus fosse ela compreendida. Essa não pode ser a mudança predita pelo profeta.

É apresentada uma mudança intencional, com deliberação. “Cuidará em mudar os tempos e a lei.” A mudança no quarto mandamento cumpre exatamente a profecia. Para isto a única autoridade alegada é a da Igreja. Aqui o poder papal se coloca abertamente acima de Deus. [Recordemos que, de acordo com o ‘Papa II’, os papas têm o direito de modificar as leis divinas, autoridade que lhes é dada por Deus e não pelos homens.

Pura blasfêmia!] Enquanto os adoradores de Deus se distinguirão especialmente pelo respeito ao quarto mandamento — dado o fato de ser este o sinal de Seu poder criador, e testemunha de Seu direito à reverência e homenagem do homem — os adoradores da besta salientar-se-ão por seus esforços para derribar o monumento do Criador e exaltar a instituição de Roma. Foi por sua atitude a favor do domingo que o papado começou a ostentar arrogantes pretensões; seu primeiro recurso ao poder do Estado foi para impor a observância do domingo como “o dia do Senhor”.

A Escritura Sagrada, porém, indica o sétimo dia e não o primeiro, como o dia do Senhor. Disse Cristo : “O Filho do homem é Senhor até do sábado.”

O quarto mandamento declara:

“O sétimo dia é o sábado do Senhor.” E pelo profeta Isaías o Senhor lhe chama: “Meu santo dia.” (Marcos 2:28; Êxodo 20:10; Isaías 58:13).

A alegação tantas vezes feita, de que Cristo mudou o sábado, é refutada por Suas próprias palavras. Em Seu sermão no monte, disse Ele: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos Céus.” (Mateus 5:17-19)

Os católicos romanos reconhecem que a mudança do sábado foi feita pela sua igreja, e declaram que os protestantes, observando o domingo, estão reconhecendo o poder desta.

No “Catecismo Católico da Religião Cristã”, em resposta a uma pergunta sobre o dia a ser observado em obediência ao quarto mandamento, faz-se esta declaração: “Enquanto vigorou a antiga lei, o sábado era o dia santificado, mas a igreja, instruída por Jesus Cristo, e dirigida pelo Espírito de Deus, substituiu o sábado pelo domingo; assim, santificamos agora o primeiro dia, e não o sétimo dia. Domingo quer dizer, e agora é, dia do Senhor.”

Como sinal da autoridade da Igreja Católica, os escritores romanistas citam “o próprio ato da mudança do sábado para o domingo, que os protestantes admitem; … porque, guardando o domingo, reconhecem o poder da igreja para ordenar dias santos e impor sua observância sob pena de incorrer em pecado”. — Resumo da Doutrina Cristã, H. Tuberville p. 58.

Que é, pois, a mudança do sábado senão o sinal da autoridade da Igreja de Roma ou “o sinal da besta”? [Numa carta dirigida ao Cardeal Gibbons a 11 de novembro de 1895, um dignatário católico disse que havia respondido da seguinte maneira ao perguntar-lhe alguém se a mudança do sábado para o domingo havia sido efetuada pela Igreja Católica: ‘Certamente que sim! E o dito ato é uma marca do seu poder e autoridade no que se refere a questões religiosas’].

A igreja de Roma não renunciou a suas pretensões à supremacia; e, se o mundo e as igrejas protestantes aceitam um dia de repouso de sua criação, ao mesmo tempo em que rejeitam o sábado bíblico, acatam virtualmente estas pretensões. Podem alegar a autoridade da tradição e dos pais da igreja para a mudança, mas, assim fazendo, ignoram o próprio princípio que os separa de Roma, de que — “A Bíblia, e a Bíblia só, é a religião dos protestantes”. Os romanistas podem ver que estão enganando a si mesmos, fechando voluntariamente os olhos para os fatos em relação ao caso.

À medida que ganha terreno o movimento em favor do repouso dominical obrigatório, eles se regozijam, na certeza de que, por fim, todo o mundo protestante será reunido sob a bandeira de Roma. Os romanistas declaram que “a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja [Católica]”. — Mgr. Segur, Plain Talks About Protestantismo of Today, p. 213.

A imposição da guarda do domingo por parte das igrejas protestantes é uma obrigatoriedade do culto ao papado — à besta. Os que, compreendendo as exigências do quarto mandamento, preferem observar o sábado espúrio em lugar do verdadeiro, estão desta maneira a prestar homenagem ao poder pelo qual somente é ele ordenado.

Mas, no próprio ato de impor um dever religioso por meio do poder secular, formariam as igrejas mesmas uma imagem à besta; daí a obrigatoriedade da guarda do domingo nos Estados Unidos equivaler a impor a adoração à besta e à sua imagem.

Mas os cristãos das gerações passadas observaram o domingo, supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, não excetuando a comunhão católica romana, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade.

Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma, e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou.

Adorará a besta e a sua imagem. Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma — “o sinal da besta”. E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber “o sinal da besta”.

A mais terrível ameaça que já foi dirigida aos mortais, acha-se contida na mensagem do terceiro anjo. Deverá ser um terrível pecado que acarretará a ira de Deus, sem mistura de misericórdia. Os homens não devem ser deixados em trevas quanto a este importante assunto; a advertência contra tal pecado deve ser dada ao mundo antes da visitação dos juízos de Deus, a fim de que todos possam saber por que esses juízos são infligidos, e tenham oportunidade de escapar.

A profecia declara que o primeiro anjo faria o anúncio a “toda a nação, e tribo, e língua, e povo”. A advertência do terceiro anjo, que faz parte da mesma tríplice mensagem, deve ser não menos difundida. É representada na profecia como sendo proclamada com grande voz, por um anjo voando pelo meio do céu; e se imporá à atenção do mundo.

No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes — os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Se bem que a igreja e o Estado reúnam o seu poder a fim de obrigar “a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos”, a receberem “o sinal da besta” (Apoc. 13:16), o povo de Deus, no entanto, não o receberá.

O profeta de Patmos contempla “os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, … e o cântico do Cordeiro”. (Apocalipse 15:2 e 3)”. (O Grande Conflito, cap. 25, p. 439-451).

DIES DOMINI


Estejam alerta, prezados amigos. As profecias que acabam de ler cumprir-se-ão muito em breve. A besta está fazendo os seus movimentos estratégicos. A 7 de Julho de 1998 o Vaticano publicou a Carta Apostólica do Papa João Paulo II intitulada Dies Domini — Como Santificar o Dia do Senhor, um documento de 104 páginas.

Esta carta constitui um ataque direto contra o Quarto Mandamento da Lei de Deus que ordena a observância do sábado ou sétimo dia da semana e mesmo contra o criador que o instituiu. No ponto 67 de Dies Domini diz o seguinte:

“Por isso, é natural que os cristãos se esforcem para que, também nas circunstâncias específicas do nosso tempo, a legislação civil tenha em conta o seu dever de santificar o domingo”.

No mesmo dia o jornal The Denver Post publicou esta citação do Vaticano: “Os que o violem devem ser castigados como hereges”. A agenda de Roma, tão notória na epístola Dies Domini, mostra também no subtítulo da Exortação Apostólica dada por João Paulo II aos líderes leigos católicos romanos na Assembléia Sinódica efetuada na Cidade do México a 22 de janeiro de 1999, o seguinte:

“O Caminho Para a Conversão, Comunhão e Solidariedade na América”. A Igreja Católica Romana insiste na solidariedade, a qual se tem que conseguir na América no terceiro milênio cristão (Exortação Apostólica, Ecclesia na América, Artigo 3).

A agenda de Roma é na realidade um novo estilo agressivo de evangelismo em solo americano empreendido em nome da unidade. Desempenhará a falsa Virgem Maria um papel essencial neste novo evangelismo? Certamente que sim!

Á medida que o tempo passa, os pastores e fieis de igual forma dão-se conta do papel que Maria há de desempenhar na evangelização da América.

A Virgem de Guadalupe é venerada como a “Rainha de toda a América… e a Estrela da primeira e da nova evangelização. Eu [João Paulo II] aceitei com regozijo a proposta dos Padres do Sínodo que a Festa da Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe e Evangelizadora da América, se celebre através de todo o continente a 12 de dezembro.

É o meu sincero desejo que ela, cuja intercessão foi responsável pelo fortalecimento da fé dos primeiros discípulos (cf. João 2:11), mediante a sua maternal intercessão dirija agora a igreja na América, favorecendo-a com o derramamento do Espírito Santo assim como o fez uma vez para a igreja primitiva (cf. Atos 1:14), para que a nova evangelização redunde num rico florescimento da vida cristã” (Id. Art. 11).

Com estas palavras o papa dedicou a América a Maria! João Paulo II deixou o melhor para a ultima parte da sua Exortação, Artigo 73, a qual se intitula O Desafio das Seitas: “As atividades proselitistas das seitas e os novos agrupamentos religiosos da América são um grave estorvo para a obra de evangelização”. Não tenhamos dúvidas de que nos encontramos nos últimos dias!

NOTA:

Este artigo foi extraído do capítulo 17 do livro 'A Virgem Maria está morta ou viva?' de Danny Vierra, que você pode baixar na íntegra AQUI.

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