Assim tudo batia certo. O jovem ministro tinha dito a verdade naquele sábado de manhã! O “chifre pequeno” de Daniel 7 e a “besta semelhante a um leopardo” de Apocalipse 13 são o papado romano, que pensou em mudar “os tempos e as leis”.
Satanás, por intermédio de seu agente na Terra, o papa de Roma, tinha conseguido mudar o tempo no qual devemos adorar ao criador do sétimo dia para o primeiro dia da semana e como resultado há que ter em conta que muitos cristãos, ignorantemente, estão guardando “preceitos de homens”. Porventura não nos advertiu Cristo:
“Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens”? (Mateus 15:9).
CUIDARÁ EM MUDAR
Amigos, em seus esforços por usurpar o trono de Deus e sentar-se nas extremidades do norte (Isaías 14:13, 14) como o próprio Deus, Satanás mudou os “tempos” alterando o dia em que a Bíblia diz que devemos adorar ao criador.
Por meio desta mudança aparente, a criatura Satanás, através de seus agentes humanos, pretende a autoridade do criador, e milhões de pessoas através de todo o mundo estão sem sabê-lo rendendo homenagem ao “pai da mentira” ao obedecer o seu mandato de celebrar culto no primeiro dia da semana — o venerável dia do sol — o domingo!
“Suprimido o revelador do erro, agiu Satanás à vontade. A profecia declarara que o papado havia de cuidar “em mudar os tempos e a lei”. (Daniel 7:25). Para cumprir esta obra não foi vagaroso. A fim de proporcionar aos conversos do paganismo uma substituição à adoração de ídolos, e promover assim sua aceitação nominal do cristianismo, foi gradualmente introduzida no culto cristão a adoração das imagens e relíquias.
O decreto de um concílio geral estabeleceu, por fim, este sistema de idolatria. Para completar a obra sacrílega, Roma pretendeu eliminar da lei de Deus, o segundo mandamento, que proíbe o culto das imagens, e dividir o décimo mandamento a fim de conservar o número deles.
Este espírito de concessão ao paganismo abriu caminho para desrespeito ainda maior da autoridade do Céu. Satanás, operando por meio de não consagrados dirigentes da igreja, intrometeu-se também com o quarto mandamento e tentou pôr de lado o antigo sábado, o dia que Deus tinha abençoado e santificado (Gênesis 2:2 e 3), exaltando em seu lugar a festa observada pelos pagãos como “o venerável dia do Sol”.
Esta mudança não foi a princípio tentada abertamente. Nos primeiros séculos o verdadeiro sábado foi guardado por todos os cristãos. Eram estes ciosos da honra de Deus, e, crendo que Sua lei é imutável, zelosamente preservavam a santidade de seus preceitos.
Mas com grande argúcia, Satanás operava mediante seus agentes para efetuar seu objetivo. Para que a atenção do povo pudesse ser chamada para o domingo, foi feito deste uma festividade em honra da ressurreição de Cristo. Atos religiosos eram nele realizados; era, porém, considerado como dia de recreio, sendo o sábado ainda observado como dia santificado.
A fim de preparar o caminho para a obra que intentava cumprir, Satanás induzira os judeus, antes do advento de Cristo, a sobrecarregarem o sábado com as mais rigorosas imposições, tornando sua observância um fardo. Agora, tirando vantagem da falsa luz sob a qual ele assim fizera com que fosse considerado, lançou o desdém sobre o sábado como instituição judaica.
Enquanto os cristãos geralmente continuavam a observar o domingo como festividade prazenteira, ele os levou, a fim de mostrarem seu ódio ao judaísmo, a fazer do sábado dia de jejum, de tristeza e pesar.
CONSTANTINO
Na primeira parte do século IV, o imperador Constantino promulgou um decreto fazendo do domingo uma festividade pública em todo o Império Romano. O dia do Sol era venerado por seus súditos pagãos e honrado pelos cristãos; era política do imperador unir os interesses em conflito do paganismo e cristianismo.
Com ele se empenharam para fazer isto os bispos da igreja, os quais, inspirados pela ambição e sede do poder, perceberam que, se o mesmo dia fosse observado tanto por cristãos como pagãos, promoveria a aceitação nominal do cristianismo pelos pagãos, e assim adiantaria o poderio e glória da igreja.
Mas, conquanto muitos cristãos tementes a Deus fossem gradualmente levados a considerar o domingo como possuindo certo grau de santidade, ainda mantinham o verdadeiro sábado como o dia santo do Senhor, e observavam-no em obediência ao quarto mandamento.
O arquienganador não havia terminado a sua obra. Estava decidido a congregar o mundo cristão sob sua bandeira, e exercer o poder por intermédio de seu vigário, o orgulhoso pontífice que pretendia ser o representante de Cristo.
Por meio de pagãos semiconversos, ambiciosos prelados e eclesiásticos amantes do mundo, realizou ele seu propósito. Celebravam-se de tempos em tempos vastos concílios aos quais do mundo todo concorriam os dignitários da igreja.
Em quase todos os concílios o sábado que Deus havia instituído era rebaixado um pouco mais, enquanto o domingo era em idêntica proporção exaltado. Destarte a festividade pagã veio finalmente a ser honrada como instituição divina, ao mesmo tempo em que se declarava ser o sábado bíblico relíquia do judaísmo, amaldiçoando-se seus observadores.
O grande apóstata conseguira exaltar-se
“... contra tudo o que se chama Deus, ou se adora”. (2 Tessalonicenses 2:4).
Ousara mudar o único preceito da lei divina que inequivocamente indica a toda a humanidade o Deus verdadeiro e vivo. No quarto mandamento Deus é revelado como o Criador do céu e da Terra, e por isso Se distingue de todos os falsos deuses. Foi para memória da obra da criação que o sétimo dia foi santificado como dia de repouso para o homem.
Destinava-se a conservar o Deus vivo sempre diante da mente humana como a fonte de todo ser e objeto de reverência e culto. Satanás esforça-se por desviar os homens de sua aliança para com Deus e de prestarem obediência à Sua lei; dirige Seus esforços, portanto, especialmente contra o mandamento que aponta a Deus como o Criador.
Os protestantes hoje insistem em que a ressurreição de Cristo no domingo fê-lo o sábado cristão. Não existe, porém, evidência escriturística para isto. Nenhuma honra semelhante foi conferida ao dia por Cristo ou Seus apóstolos.
A observância do domingo como instituição cristã teve origem no “mistério da injustiça” (2 Tessalonicenses. 2:7) que, já no tempo de Paulo, começara a sua obra.
Onde e quando adotou o Senhor este filho do papado?
Que razão poderosa se poderá dar para uma mudança que as Escrituras não sancionam?” (O Grande Conflito cap. 3, p. 49-52).
O que diz na realidade o quarto mandamento?
Certifiquemo-nos:
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou”. (Êxodo 20:8-11).
Reconhece a Igreja Católica que não há nenhum mandamento na Bíblia que ordene a santificação do domingo? “Podeis ler a Bíblia desde o Gênesis até o Apocalipse, e não achareis uma só linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras fazem fica pé na observância religiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos”. (Faith Our Fathers, p. 111).
Compreendeis melhor agora Apocalipse 12:17?
“E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”.
Lemos também mais a frente em Apocalipse 14:12,
“Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”. O apóstolo João escreveu também as seguintes palavras sob a inspiração divina:
“E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade”. ( I João 2:3-4).
Depois de tudo, o próprio Cristo disse:
“Se me amardes. guardareis os meus mandamentos… do mesmo modo, que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor” (João 14:15; 15:10).
NOTA:
Este artigo foi extraído do capítulo 10 do livro 'A Virgem Maria está morta ou viva?' de Danny Vierra, que você pode baixar na íntegra AQUI.
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